Nos dias atuais, com todos os problemas que cercam a juventude é muito fácil pedir a ajuda de Deus, mas você já parou pra pensar, porque a sua oração as vezes não foi ouvida, mesmo com tanto clamor, mesmo com tantas orações?
Com base nessa duvida vão ai 6 razões para nós jovens, compreendermos a verdadeira vontade de Cristo sobre as nossas vontades e pensarmos se o nosso querer, condiz com o Dele.
Não temos liberdade de orar a esmo por tudo que nossas mentes
egoístas possam conceber. Não temos permissão para entrar na Sua
presença e dar vazão à nossas tolas idéias, e falatórios impetuosos. Se
Deus assinasse todas as petições sem sabedoria que Lhe fazemos, Ele
acabaria entregando Sua glória.
Existe uma lei da oração! É uma lei com o intuito de exterminar
orações desprezíveis e egoístas - ao mesmo tempo, tornando possível aos
que procuram com honestidade, o pedir com confiança. Em outras palavras -
podemos orar por qualquer coisa que queiramos, desde que seja da Sua
vontade.
"Se pedirmos alguma coisa segundo a sua vontade, ele nos ouve" (1 João 5:14).
Os discípulos não estavam orando de acordo com a vontade de Deus
quando oravam com espírito de vingança, e retaliação. Fizeram um pedido a
Deus da seguinte maneira: "Queres que mandemos descer fogo do céu para
os consumir?" Jesus respondeu: "Vós não sabeis de que espírito sois"
(Lucas 9:54,55).
Jó, em sua tristeza, implorou a Deus que lhe tirasse a vida. E se
Deus tivesse atendido tal oração? Esse modo de orar era contrário ao
desejo de Deus. A palavra nos previne: "Que sua boca não seja apressada
em falar perante o Senhor".
Daniel orou da forma correta. Primeiro, foi às escrituras para
pesquisar a mente de Deus. Tendo recebido instruções claras, e certo da
vontade dEle, ele corre para o Seu trono com poderosa confiança. "Voltei
o rosto ao Senhor Deus, para o buscar com oração"(Daniel 9:3).
Sabemos muito sobre o que nós queremos e muito pouco sobre o que Ele quer.
"Pedis e não recebeis, porque pedis mal, para esbanjardes em vossos prazeres" (Tiago 4:3).
Deus não responderá nenhuma oração que aumente nossa honra, ou que
favoreça nossas tentações. Em primeiro lugar, Deus não responde nenhuma
oração de uma pessoa que abrigue cobiça no coração. Todas as respostas
são em função do arrancar de nossos corações o mal, a lascívia, e os
pecados que nos assediam.
"Se eu no coração contemplara a vaidade, o Senhor não me teria ouvido" (Salmo 66:18).
O teste para saber se nosso pedido é ou não baseado na cobiça é muito
fácil. Como lidamos com demoras e recusas é a dica. Orações baseadas na
cobiça exigem respostas rápidas. Se o coração lascivo não recebe
rapidamente o objeto desejado, fica reclamando, chora, e desmaia - ou
desabafa numa fase de murmuração e reclamação, finalmente acusando Deus
de estar surdo.
"Por que jejuamos nós, e tu não atentas para isso?"(Isaias 58:3).
O coração de cobiça não pode ver a glória de Deus em Suas recusas e
demoras. No entanto, não teve Deus maior gloria em não atender a oração
de Cristo para salvar Sua vida, se possível, da morte? Trema ao pensar
onde estaríamos hoje se Deus não tivesse recusado aquele pedido.
Deus, na Sua justiça, está obrigado a atrasar ou recusar nossas orações até que estejam purificadas de todo egoísmo e cobiça.
Será que uma razão simples explicaria o motivo pelo qual a maioria de
nossas orações são impedidas? Seria isso resultado do flerte que
estamos tendo com a lascívia, ou com um pecado que nos aflige? Será que
nos esquecemos que apenas aqueles de mãos limpas e corações puros podem
colocar os pés em Seu monte sagrado? Somente um total abrir mão de um
pecado de estimação abrirá as portas do céu e liberará as bênçãos.
Ao invés de abrir mão, corremos de conselheiro a conselheiro -
tentando encontrar ajuda para lidar com o desespero, o vazio, e o
nervosismo. No entanto, é tudo em vão porque o pecado e a cobiça ainda
não foram arrancados. O pecado é a raiz de todos os nossos problemas. A
paz vem apenas quando nos rendemos e abandonamos toda cobiça e pecado
secreto.
Vamos a Deus como se Ele fosse uma espécie de parente rico, que nos
auxiliará e dará tudo que pedirmos, enquanto que não levantamos nem um
dedo para ajudar. Levantamos nossas mãos a Deus em oração, depois as
colocamos nos bolsos.
Esperamos que nossas orações façam com que Deus trabalhe para nós,
enquanto ficamos sentados esperando, pensando: "Ele tem todo o poder; eu
não tenho nenhum, então vou simplesmente ficar quietinho, e deixar que
Ele faça o trabalho".
Parece uma boa teologia, mas não é. Deus não vai admitir a presença
de nenhum pedinte preguiçoso à Sua porta. Deus não vai nem nos deixar
ser caridosos para com aqueles que na terra se recusam a trabalhar.
"Vos ordenamos isto: se alguém não quer trabalhar, também não coma" (II Tessalonicenses 3:10).
Não há nada em desacordo com as escrituras sobre o ajuntar suor à
nossas lágrimas. Tome, como exemplo, a questão de orar por vitória sobre
um desejo secreto que permanece no coração. Será que você simplesmente
pede a Deus para tirá-lo de forma milagrosa, depois fica sentado,
esperando que o desejo morra por si? Nenhum pecado jamais foi destruído
num coração, sem a cooperação da mão do próprio homem, como no caso de
Josué. Durante toda a noite, ele ficou prostrado lamentando a derrota de
Israel. Deus o colocou de pé dizendo: "Levanta-te! Por que estás
prostrado assim sobre o rosto? Israel pecou. Dispõe-te, santifica o
povo..."(Josué 7: 10-13).
Deus tem todo o direito de nos levantar de nossos joelhos e dizer:
"Por que ficar sentado preguiçosamente esperando um milagre? Não lhes
ordenei que fugissem da simples aparência do mal? Vocês têm que fazer
mais do que simplesmente orar contra seus desejos, mas também são
ordenados a fugir deles. Vocês não podem descansar até que tenham feito
tudo que lhes foi ordenado".
Não podemos ceder à nossa cobiça e maus desejos o dia inteiro, e
depois correr para o lugar secreto à noite para orar por um milagre de
libertação.
O pecado secreto faz com que não sejamos bem sucedidos com Deus em
oração, porque na realidade, pecado não entregue significa ficar do lado
do diabo. Um dos nomes de Deus é "Revelador de Segredos"(Daniel 2:47).
Ele precisa trazer à luz os segredos escondidos das trevas, não importa o
quão santo seja aquele que procura escondê-lo. Quanto mais uma pessoa
se esforça em esconder um pecado, quanto mais certo é que Deus o
exponha. O caminho nunca está livre para o pecado secreto.
"Diante de ti puseste as nossas iniqüidades e, sob a luz do teu rosto, os nossos pecados ocultos" (Salmo 90:8).
Deus protegerá Sua própria honra acima da reputação daqueles que
pecam em segredo. Deus expôs o pecado de Davi para conservar Sua própria
honra perante os ímpios. E Davi, que era tão zeloso de seu bom nome e
reputação, até hoje permanece à nossa frente exposto e ainda confessando
- toda a vez que lemos sobre ele nas escrituras.
Não - Deus não permitirá que bebamos de águas furtadas, e depois
tentemos beber de Sua fonte sagrada. Não apenas nosso pecado secreto irá
nos desmascarar, mas também nos impedirá de receber o melhor de Deus e
trará uma torrente de desespero, dúvida, e medo.
Não culpe Deus por não ouvir suas orações se você não está ouvindo o
chamado d'Ele para ser obediente. Você vai acabar blasfemando contra
Deus, e acusando-O de negligência, enquanto que o tempo todo o culpado
será você.
Cristo não lidará com ninguém que tenha um espírito irado e que não
perdoe. Somos ordenados a que: "Despojando-vos, portanto, de toda
maldade e dolo, de hipocrisias e invejas e de toda sorte de
maledicências, desejai ardentemente, como crianças recém-nascidas, o
genuíno leite espiritual" (1 Pedro 2:1,2).
Cristo nem mesmo se comunicará com uma pessoa briguenta,
desagradável, e que não perdoe. A lei de Deus sobre oração é clara sobre
este assunto, "levantando mãos santas, sem ira e sem animosidade" (1
Timóteo 2:8). Por não perdoarmos os pecados cometidos contra nós,
tornamos impossível a Deus o nos perdoar e abençoar. Ele nos ensinou a
orar: "Perdoa-nos, como perdoamos aos outros".
Existe um ressentimento contra alguém queimando em seu coração? Não
veja isto como algo que você tenha o direito de acolher. Deus leva este
tipo de coisa muito a sério.Todas as brigas e disputas entre os irmãos e
irmãs cristãos devem entristecer Seu coração muito mais do que todos os
pecados dos ímpios. Não admira que nossas orações encontrem impedimento
- tornamo-nos muito obcecados por nossos próprios sentimentos magoados,
e tão preocupados com a forma com que fomos maltratados pelos outros.
Existe também uma maligna falta de confiança crescendo nos círculos
religiosos. Invejas, falta de caridade, amargura - e um espírito de
vingança, tudo em nome de Deus. Não deveríamos nos espantar se Deus
fechar as próprias portas do céu para nós, até que aprendamos a amar e
perdoar. Sim, até mesmo àqueles que mais nos feriram. Tire este Jonas de
seu barco e a tormenta cessará.
Aquele que espera pouco da oração, não terá muito poder ou autoridade
na oração. Quando questionamos o poder dela, nós o perdemos. O diabo
está querendo roubar nossa esperança fazendo parecer que a oração não é
mais eficaz.
Como Satanás é esperto - tentando nos enganar com mentiras e medos
desnecessários. Quando trouxeram a Isaque a falsa notícia de que José
havia sido morto, isso o deixou doente de desespero, mesmo sendo
mentira. José estava vivo e prosperando, enquanto todo esse tempo o pai
se angustiava em sofrimento - tendo acreditado na mentira. Da mesma
forma Satanás está tentando hoje nos enganar com mentiras.
Medos inacreditáveis roubam do crente a alegria e confiança em Deus.
Deus não ouve todas as orações - Ele ouve apenas orações que crêem.
Oração é a única arma que temos contra a ardente escuridão do inimigo.
Esta arma precisa ser usada com grande confiança, porque caso contrário
não teremos outra defesa contra as mentiras de Satanás. Está em jogo a
reputação de Deus.
Nossa falta de paciência é prova suficiente de que não esperamos
muito da oração. Deixamos o lugar secreto da oração, prontos a
prosseguir nosso caminho de qualquer jeito - e ficaríamos até chocados
se Deus realmente respondesse.
Pensamos que Deus não nos ouviu porque não vemos nenhuma evidência de
resposta. Mas disto você pode ter certeza - quanto mais uma oração é
protelada, tanto mais perfeita será finalmente a resposta. E também,
quanto maior o silêncio, mais barulhenta a resposta.
Abraão orou por um filho, e Deus respondeu. No entanto, quantos anos
se passaram até que ele segurasse aquela criança nos braços? Toda oração
de fé é ouvida no momento em que é feita, mas Deus escolhe responder de
Seu próprio modo e em Seu próprio tempo. Enquanto isto, Ele espera que
nos alegremos nas promessas nuas, e que nos banqueteemos na esperança
enquanto esperamos pelo cumprimento. E além disso, Ele envolve Suas
recusas no doce pacote do amor, para impedir que caiamos no desespero.
A única pessoa para a qual ditamos leis é aquela em quem não
confiamos. Aqueles em quem confiamos, deixamos livres para fazerem o que
consideram certo. No final é tudo uma questão de falta de confiança.
A alma crente, depois de ter despejado seu coração ao Senhor em
oração, submete-se à fidelidade, à bondade e à sabedoria de Deus. O
verdadeiro crente deixa o modelo da resposta entregue à misericórdia de
Deus. Qualquer que seja a forma escolhida por Deus para responder, essa
resposta será bem vinda pelo crente.
Davi orou diligentemente por sua casa, e depois entregou tudo à
promessa de Deus - " Ainda que a minha casa não seja tal para com Deus,
contudo estabeleceu comigo um concerto eterno" ( 2 Samuel 23:5 ).
Aqueles que prescrevem a Deus o como e quando responder, na realidade
limitam o Santo de Israel. Se Deus não trouxer a resposta pela porta da
frente, não estarão cientes de Sua chegada pela porta dos fundos.
Confiam apenas em resultados finais e não em promessas. Mas Deus não
será constrangido pelo tempo, maneira, ou meios de responder. Ele irá
por todo o sempre fazer abundantemente mais do que pedimos, ou pensamos
pedir. Responderá com saúde, ou com graça que é melhor que saúde.
Mandará amor, ou algo além disto. Ele livrará, ou fará algo ainda maior.
Ele deseja que simplesmente deixemos nossos pedidos alojados em Seus
poderosos braços, que lançemos todas nossas ansiedades sobre Ele, e que
prossigamos em paz e serenidade na espera de Seu socorro. É trágico ter
um Deus tão poderoso, e tão pouca fé n'Ele.
Basta de "Será que Ele pode?". Fora com tanta blasfêmia. Como isto
deve irritar os ouvidos do nosso onipotente Deus. "Será que Ele pode
perdoar? Ele pode curar? Será que pode agir por mim?" Fora com esse tipo
de incredulidade! Ao invés, chegue-se a Ele "como a um fiel Criador".
Quando Ana orou com fé, ela "levantou-se de seus joelhos para comer, e
seu semblante não estava mais triste"..
"Diabo - não é Deus quem se esqueceu, e sim eu. Eu me esqueci de
todas as Suas bênçãos do passado, ou não poderia agora estar
questionando Sua fidelidade."
Veja, a fé deveria ter boa memória. Nossas palavras precipitadas e
apressadas são o resultado de termos esquecido Seus benefícios do
passado. Deveríamos orar como Davi:
"E eu disse: isto é enfermidade minha; e logo me lembrei dos anos da
destra do Altíssimo. Lembrar-me-ei, pois, das obras do SENHOR:
certamente que me lembrarei das tuas maravilhas da antiguidade" (Salmo
77:10,11).
Você pode ser culpado de motim espiritual por não confiar que Deus
irá responder no tempo mais oportuno. Pode ter certeza de que quando a
resposta vier, virá na forma e na hora em que será mais apreciada. Se
não vale a pena esperar por aquilo que você orou, então não vale a pena
pedir.
Deus nunca suspira ou reclama do poder de Seus inimigos, mas sim da
impaciência de Seu próprio povo. Como a falta de fé realmente fere Seu
coração, com tantos imaginando se devem amá-Lo ou deixá-Lo.
Deus deseja que dependamos de Seu amor. Amor é o princípio a partir
do qual Ele constantemente age, e disto Ele nunca se desvia. Quando Ele
franze Sua testa, repreende com Seus lábios, ou levanta contra nós a Sua
mão, mesmo nisto tudo, Seu coração arde de amor, e todos Seus
pensamentos para conosco são de paz e bondade.
Toda hipocrisia jaz na desconfiança, e a alma que não pode depender
de Deus não pode permanecer leal a Ele por muito tempo. No momento em
que começamos a questionar Sua fidelidade, começamos a viver por nosso
próprio entendimento e a tomar conta de nós mesmos. Como os filhos
apóstatas de Israel, estamos dizendo, " Levanta-te, faze-nos deuses...
quanto a este Moisés... não sabemos o que lhe terá sucedido..." ( Êxodo
32:1).
Você não é companhia para Deus a não ser que dependa d'Ele.
Como pode o amor a Deus ser preservado no coração que murmura? A
palavra chama a isto de "combater Deus". Tola é a pessoa que ousa
encontrar defeito em Deus - Ele desafiará tal pessoa a colocar a mão
sobre a boca, ou então a ser consumida pela amargura.
O Espírito Santo em nós geme, com aquela indizível linguagem
celestial que ora de acordo com a perfeita vontade de Deus. Mas a
murmuração da carne que procede do coração do crente desiludido é
veneno. Murmuração deixou uma nação inteira fora da Terra Prometida, e
hoje em dia deixa multidões longe das bênçãos do Senhor. Gema se for
preciso, mas Deus o livre de murmurar.
"As palavras do SENHOR são palavras puras, prata refinada em cadinho de barro, depurada sete vezes" (Salmo 12:6).
Deus não permitirá que um mentiroso ou um quebrador de alianças entre
em Sua presença, ou pise Seu monte sagrado. Como então podemos pensar
que um Deus assim santo possa algum dia quebrar Sua palavra para
conosco? Deus fez para Si, um nome na terra - um nome de 'Fidelidade
Eterna'. Quanto mais acreditarmos nisto, menos inquietas nossas almas
ficarão. Na mesma proporção em que existe fé no coração, existe também a
paz.
"No sossego e na confiança, estaria a vossa força"(Isaias 30:15) .
As promessas de Deus são como gelo num lago congelado - que Ele diz
nos aguentará. O que crê aventura-se sobre ele com coragem; o cético com
medo, receioso de que se quebre sob seu peso e o deixe se debatendo.
Se Deus está demorando, simplesmente quer dizer que seu pedido está
ganhando juros no banco de bênçãos de Deus. Os santos de Deus tinham
tanta certeza de que Ele era fiel às Suas promessas, que festejavam
antes mesmo de verem qualquer resultado. Seguiam felizes como se já as
tivessem recebido. Deus deseja que paguemos em louvor, antes de
recebermos as promessas.
O Espírito Santo nos assiste em oração - e Ele não é bem-vindo ao
trono? O Pai negará o Espírito? Nunca! Esse gemido na alma não é senão o
próprio Deus - e Deus não negará a Si mesmo.
David Wilkerson